Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa | |||
| Processo: |
| ||
| Nº Convencional: | JTRL00010303 | ||
| Relator: | PAIS DO AMARAL | ||
| Descritores: | ACÇÃO PAULIANA IMPUGNAÇÃO PAULIANA REQUISITOS ÓNUS DA PROVA MÁ FÉ MATÉRIA DE FACTO PODERES DA RELAÇÃO PRESUNÇÕES JUDICIAIS | ||
| Nº do Documento: | RL199503280089851 | ||
| Data do Acordão: | 03/28/1995 | ||
| Votação: | UNANIMIDADE | ||
| Tribunal Recurso: | T CIV LISBOA 13J | ||
| Processo no Tribunal Recurso: | 9973/923 | ||
| Data: | 05/16/1994 | ||
| Texto Integral: | N | ||
| Privacidade: | 1 | ||
| Meio Processual: | APELAÇÃO. | ||
| Decisão: | REVOGADA A DECISÃO. | ||
| Área Temática: | DIR CIV - TEORIA GERAL. DIR PROC CIV. | ||
| Legislação Nacional: | CCIV66 ART342 ART562 ART563 ART610 B ART611 ART612 N2. | ||
| Jurisprudência Nacional: | AC STJ DE 1992/01/23 IN BMJ N413 PAG548. AC STJ DE 1992/02/20 IN AJ N6 PAG611. | ||
| Sumário: | I - A impugnação pauliana tem como requisitos essenciais: 1 - A existência de um crédito; 2 - A anterioridade do crédito em relação ao acto impugnado ou, sendo posterior, que o acto tenha sido realizado dolosamente com o fim de impedir a satisfação do direito do futuro credor; 3 - Resultar do acto a impossibilidade de obter a satisfação integral do seu crédito, ou o agravamento dessa impossibilidade; 4 - Que o credor e o terceiro tenham agido de má fé, tratando-se de acto oneroso. II - Incumbe ao credor a prova do montante das dívidas e ao devedor ou a terceiro interessado na manutenção do acto da prova de que o obrigado possui bens penhoráveis de igual ou maior valor. III - Quanto ao requisito da má fé a lei não exige o dolo directo mas não basta a negligência consciente, sendo necessário o dolo, necessário ou eventual. IV - Nada impede que a relação, com base na prova produzida, lance mão de presunções naturais, utilizando as regras da experiência comum para, de um facto conhecido, inferir outro que dele logicamente se deduz, limitando-se a extrair as consequências que um acto importa, sem alterar a matéria de facto dada como provada na primeira instância. | ||