Acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra | |||
Processo: |
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Nº Convencional: | JTRC | ||
Relator: | TELES PEREIRA | ||
Descritores: | DIREITO DE PREFERÊNCIA PRÉDIO MISTO PREVALÊNCIA PRÉDIO URBANO EXCLUSÃO DO DIREITO | ||
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Data do Acordão: | 03/15/2011 | ||
Votação: | UNANIMIDADE | ||
Tribunal Recurso: | FUNDÃO – 2º JUÍZO | ||
Texto Integral: | S | ||
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Meio Processual: | APELAÇÃO | ||
Decisão: | CONFIRMADA | ||
Legislação Nacional: | ARTºS 1380º, Nº 1; 1381º, AL. A) DO CC E 18º DO DECRETO-LEI Nº 384/88, DE 25 DE OUTUBRO. | ||
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Sumário: | I – A funcionalidade do conceito de “quinta”, enquanto realidade qualificada como “prédio misto”, envolvendo a existência de uma casa (parte urbana) e de uma parcela de terreno, mais ou menos ampla, dotada de aptidão para o cultivo (parte rústica), traduz, alternativamente, a preponderância, na afectação desse espaço pelo seu dono, do elemento urbano ou do elemento rústico. II – No primeiro caso (preponderância do elemento urbano) sobressai a finalidade de habitar um espaço (a casa) que associa, através do uso dos terrenos circundantes, alguns elementos rurais. III – No segundo caso (preponderância do elemento rústico referido aos terrenos aptos ao cultivo) sobressai a ideia de uma exploração agrícola associada a uma casa. IV – Existindo separação registal da casa (correspondente a um artigo matricial urbano) relativamente ao terreno circundante (correspondente este a um artigo matricial rústico), o exercício do direito de preferência, por um vizinho proprietário de um prédio confinante visando o emparcelamento fundiário, previsto nos artigos 1380º, nº 1 do CC e 18º do Decreto-Lei nº 384/88, de 25 de Outubro, não pode prescindir da consideração unitária da realidade que corresponde à associação, no prédio objecto da preferência, dos dois elementos (prédio rústico/prédio urbano), sendo esta ligação que dá expressão autónoma ao conceito de “quinta”. V – Assim, quando prevalece, na afectação conferida àquele espaço (integrado na matriz por um prédio urbano e por um prédio rústico) o elemento urbano, designadamente através da afectação do prédio a um fim habitacional, o exercício desse direito de preferência está excluído, nos termos da alínea a) do artigo 1381º do CC, pois a parte formalmente qualificada de rústica passa a assumir a natureza de parte componente de um prédio urbano (poderá mesmo ser vista como um logradouro deste, por referência ao segundo trecho do nº 2 do artigo 204º do CC) e o prédio, em si mesmo (parte rústica e urbana), deve ser considerado como afecto a um fim que não é a cultura (aqui significando actividade agrícola). VI – Se, pelo contrário, na afectação de todo o prédio, prevalecer o elemento traduzido na exploração da parte rústica, o exercício do direito de preferência com essa base (a preferência real prevista no artigo 1380º, nº 1 do CC) deve incidir sobre todo o prédio (sobre toda a “quinta”). VII – O exercício de um direito de preferência que, incidindo exclusivamente sobre a parte rústica de um prédio misto, determine a diminuição do valor da parte urbana desse prédio, induz uma situação de desequilíbrio no exercício desse direito de preferência, implicando a actuação deste com lesão intolerável de outra pessoa (o sujeito passivo da preferência). VIII – O desvirtuar, através do exercício dessa mesma preferência, da realidade unitária que caracteriza e fornece identidade à “quinta”, despojando-a do elemento correspondente ao “prédio rústico”, sempre traduziria o exercício desse direito de preferência sem consideração por uma situação especial merecedora de tutela. IX – Qualquer uma destas consequências (as enunciadas em VII e VIII deste sumário) bloquearia, por razões de justiça e de compatibilização de direitos, o exercício de um direito de preferência visando o emparcelamento fundiário. | ||
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Decisão Texto Integral: | Acordam na Secção Cível do Tribunal da Relação de Coimbra I – A Causa
1. Em 17 de Janeiro de 2008[1], J… e mulher, M… (AA. e Apelantes neste recurso) demandaram M… e C… (1ºs RR., contestantes e aqui Apelados), bem como A… e sua mulher, B… (2ºs RR. e Apelados). Através desta acção, pretendem os AA. preferir aos 1ºs RR. na compra (por €12.863,85, valor que corresponde ao preço, aos impostos e a outras despesas com a aquisição) da parte rústica de um prédio misto que a estes últimos foi vendido pelos 2ºs RR.[2], invocando, como base desse afirmado direito de preferência, a propriedade por eles (AA.) de um prédio rústico confinante com aquele e a circunstância de ambos os prédios envolvidos apresentarem áreas inferiores à unidade de cultura fixada naquela região[3].
1.1. Contestaram os 1ºs RR. (fls. 73/79), invocando – e restringimo-nos aqui a relatar o que apresenta relevância para o presente recurso – ser o prédio rústico visado pela preferência parte integrante de um prédio misto, ocorrendo preponderância da parte urbana, funcionando aquela (a parte rústica) como logradouro, estando assim excluída – é o que defendem os RR. contestantes – a existência de um direito de preferência dos AA., face à não autonomização da parte rústica da funcionalidade imprimida pelos referidos RR. à parte urbana.
1.2. Finda a fase dos articulados foi o processo saneado, estabelecendo-se o rol dos factos que logo então se mostravam provados e elaborando-se, em vista do prosseguimento da acção, a base instrutória (consta ela de fls. 138/145), avançando-se para o julgamento documentado a fls. 153/161 e 162/166, findo o qual, fixados que foram os factos provados por referência à base instrutória (corresponde essa fixação ao despacho de fls. 170/192[4]), foi proferida a Sentença de fls. 193/254 – esta constitui a decisão objecto do presente recurso – que julgou a acção improcedente [entendeu o Tribunal que a prevalência, conferida pelos RR. contestantes ao elemento urbano no prédio visado pela preferência (ou, se quisermos, a subsidiariedade do elemento rústico, correspondendo este a um logradouro), inviabilizava o exercício dessa preferência, nos termos do artigo 1381º, alínea a) do Código Civil (CC)].
1.3. Inconformados, apresentaram os AA. o presente recurso, acompanhado da respectiva motivação (fls. 258/299), formulando a rematar esta peça as conclusões que ora se transcrevem: II – Fundamentação 2. Relatado que está o essencial do iter que conduziu à presente instância de recurso, e identificados que foram os traços fundamentais do litígio que a acção expressa quanto ao exercício do direito de preferência invocado pelos AA./Apelantes, cumpre apreciar os fundamentos desta apelação, tendo em conta que as conclusões formuladas pelos Apelantes, a cuja transcrição se procedeu no item anterior, operaram a delimitação temática do objecto do recurso. É isto o que resulta dos artigos 684º, nº 3 e 685º-A, nº 1 do Código de Processo Civil (CPC).
Refere-se o recurso às duas dimensões do julgamento efectuado na primeira instância: (a) a fixação dos factos; (b) a aplicação a estes do direito.
Quanto ao primeiro elemento (identificamo-lo como fundamento (a) e corresponde ao que qualificaremos como “questão de facto”) suscita ele o uso por esta Relação dos poderes de intervenção sobre o acto de julgamento que conduziu à fixação dos factos, tendo o seu fundamento nos nºs 1 e 2 do artigo 712º do CPC (sendo certo terem os Apelantes cumprido os ónus argumentativos que lhes eram impostos pelas duas alíneas do nº 1 do artigo 685º-B do CPC[5]). Estão em causa, neste caso, enquanto pontos de facto cujo julgamento é impugnado, as respostas, dadas a fls. 172/173, aos seguintes itens da base instrutória: 18º (considerado não provado), 25º (considerado provado), 27º (que recebeu uma resposta especificada) e 28º (considerado provado).
Quanto ao fundamento configurável como “questão de direito” (o fundamento (b) acima enunciado), visa ele a discussão – quer-nos parecer que com ou sem a pretendida alteração dos factos – das implicações jurídicas da separação cadastral no prédio dos RR. da parte rústica da urbana, em termos de descaracterização da identidade predial rústica – foi o que decidiu a primeira instância –, pela qualificação desta parte como logradouro, enquanto elemento subsidiário da parte urbana, pretendendo os Apelantes discutir a ligação da parte rústica à urbana e que essa incidência não constitua obstáculo, em qualquer caso, ao exercício de uma preferência que visa o emparcelamento fundiário.
Questão de facto (a):
2.1. (a) Começando pela dimensão do recurso atinente aos factos, dir-se-á, no que constitui a primeira aproximação à questão, que a matéria de facto considerada pelo Tribunal a quo foi a que transcreveremos de seguida, sublinhando-se que esta indicação apresenta, neste momento, a provisoriedade argumentativa resultante de versar o recurso que ora se aprecia sobre alguns trechos desses mesmos factos. Estamos, pois, a indicar a base de trabalho sobre a qual incidirá a apreciação da apelação.
Feita esta advertência, aqui deixamos nota de quais os factos que a primeira instância considerou provados: 2.1.1. … 2.1.2.Valem todos estes argumentos, enfim, pela afirmação de ter sido correcta a fixação dos factos provados, sendo a eles – exactamente aos mesmos factos considerados pelo Tribunal a quo – que cabe aplicar, subsequentemente, as disposições legais atinentes ao direito de preferência visando o emparcelamento fundiário.
Questão de direito (b): 2.2. (b) Trata-se agora – e assim entramos na apreciação do segundo fundamento do recurso –, pois, de verificar o preenchimento da preferência real[6] atinente à confinância predial, quando um dos prédios envolvidos apresenta uma área inferior à unidade de cultura, preferência esta visando o emparcelamento fundiário (v., conjugadamente, o artigo 1380º, nº 1 do CC e o artigo 18º do Decreto-Lei nº 384/88, de 25 de Outubro).
Tenha-se presente que “[a] razão de ser da atribuição deste direito assenta na intenção de facilitar o emparcelamento de terrenos com área inferior à unidade de cultura, em ordem a tornar tecnicamente rentável a sua exploração agrícola, dado que os minifúndios não proporcionam normalmente um eficiente aproveitamento dos terrenos”[7]. Ora, tendo em vista esta finalidade, verdadeira razão de ser da norma, encontramos exclusões deste tipo de direito de preferência que podemos reconduzir à cessação, através de outras incidências do caso concreto, desse objectivo económico, enquanto elemento teleológico que justifica a atribuição deste tipo de preferência a alguém. É o que sucede com as exclusões constantes de ambas as alíneas do artigo 1381º do CC: a) algum dos terrenos constituir parte componente de um prédio urbano ou destinar-se a um fim diverso da cultura; b) abranger a alienação um conjunto de prédios que, embora dispersos, formem uma exploração agrícola de tipo familiar.
Com efeito, em qualquer destes casos se verifica uma falta de cobertura teleológica da atribuição da preferência, na medida em que (é a hipótese excluída na alínea a) do artigo 1381º) a integração de um dos terrenos num prédio urbano ou a afectação de um deles a um fim diverso do agrícola faz cessar as razões de identidade de fim económico (a exploração agrícola) que justificam o emparcelamento e conferem um equilíbrio aceitável de posições ao exercício da preferência (confrontando esta o direito de quem adquire primitivamente com o direito de quem prefere e que acaba por prevalecer)[8]. Da mesma forma (e é a hipótese prevista na alínea b) do artigo 1381º), quando a alienação abrange um conjunto de prédios que, nessa conjunção dominial, apresentam uma racionalidade económica de conjunto, a sujeição imposta através da preferência confrontaria racionalidades económicas de igual estalão e não justificaria a opção por uma com a consequente exclusão da outra. III – Decisão 3. Assim, na improcedência da apelação, decide-se confirmar inteiramente a Sentença recorrida.Custas pelos Apelantes.
26. Por meio de escritura de «compra e venda e mútuo com hipoteca» celebrada no dia 9 de Fevereiro de 2007 no Cartório Notarial de ...., foi declarado pelos co-RR. A… e sua mulher B… que vendiam aos co-RR. M… e C… e por estes que compravam àqueles, em comum e partes iguais, o bem assim identificado em tal escritura:«prédio misto, composto de terra de cultura arvense de regadio, pomar de citrinos, pomar de cerejeiras, videiras em cordão e um edifício de rés-do-chão e primeiro andar, destinado a habitação, com a área total de 6.400 m2, na qual está incluída a superfície coberta de 91 m2, do mencionado edifício, sito em, descrito na Conservatória do Registo Predial do Fundão sob o nº …/freguesia de Castelo Novo.» […]” [transcrição de fls. 7] [3] A este respeito, dizem os AA. no articulado inicial: “[…] 8. No contexto da actualização da matriz predial rústica do concelho do Fundão ocorrida em 1999/2000, o prédio que o A. marido recebeu de … e mulher passou a ficar inscrito na matriz predial rústica da freguesia de Castelo Novo, concelho do Fundão, sob o artigo … e com a seguinte identificação:– prédio rústico sito em …, composto de olival, pomar de cerejeiras, pomar de pessegueiros e macieiras, a confrontar do norte com … e outro, do nascente com …, do sul e poente com estrada. […] 31. O prédio dos AA. descrito nos supra artigos 1º e 8º e a parte rústica [do prédio dos RR.] são confinantes entre si, já que este último confronta do lado sul e poente com o prédio dos AA. numa extensão superior a 100 metros.[…] 38. Os AA., na sua qualidade de proprietários do prédio rústico confinante com o prédio rústico [dos RR.], gozavam e gozam do direito de preferência na aquisição deste prédio – nos termos do disposto no artigo 18º do Decreto-Lei nº 384/88, de 25 de Outubro e nos artigos 1380º e 1555º do Código Civil.[…]” [transcrição de fls. 4, 8 e 9] [4] Sublinha-se a existência de uma reclamação dos AA. quanto à resposta ao ponto 18. da base, reclamação desatendida pelo Exmo. Juiz a quo (cfr. fls. 167/169). [5] Os Apelantes indicam os pontos concretos da matéria de facto que consideram mal julgados e também indicam as provas que consideram incorrectamente valoradas. Note-se que a especificação dos meios de prova não careceria sequer, ao que entendemos, de indicação no texto das conclusões – v., neste sentido, os Acórdãos desta Relação (Jorge Arcanjo), de 13/05/2008 (processo nº 372/04.8AAND.C1) e de 03/06/2008 (processo nº 245-B/2002.C1), disponíveis na base do ITIJ, através da pesquisa nos campos indicados, respectivamente nas seguintes localizações: http://www.dgsi.pt/jtrc.nsf/c3fb53003ea1c61802568d9005cd5bb/171e03f7d2c8f3e2 e http://www.dgsi.pt/jtrc.nsf/c3fb530030ea1c61802568d9005cd5bb/bc3774b42c238fee. [6] Consiste a preferência real – que traduz um direito real de aquisição –, “[…] na faculdade de adquirir um bem, suportando as mesmas condições do outro adquirente, que celebrou um contrato relativamente àquele bem” (Luís Manuel Teles de Menezes Leitão, Direitos Reais, Coimbra, 2009, p. 517). [7] Luís Manuel Teles de Menezes Leitão, Direitos Reais, cit., p. 520. [8] Estamos perante uma situação de colisão de direitos, sendo que só se o fim visado pelo negócio com quem tem de suportar a preferência, objectivamente aferido na sua racionalidade, inclui – ou, se se preferir, não exclui – o tipo de afectação do terreno que justifica a outorga dessa preferência, é que tal outorga cumpre a sua finalidade e tem sentido dentro da teleologia da norma. Só nestes casos se verifica aquilo que usualmente é referido como cobertura teleológica da norma e só nestes casos tem sentido a prevalência do direito do preferente. [9] V., retratando o período 1926/1974 (correspondente ao aparecimento do artigo 1380º do CC e ao período antecedente) a entrada “Emparcelamento Rural” (Luciano Amaral), no Dicionário de História de Portugal, António Barreto, Maria Filomena Mónica (coordenadores), Vol. VII, Lisboa, 1999, pp. 619/620: “[…] Tal como o parcelamento rural, o emparcelamento rural fazia parte de um projecto de reforma agrária cuja aplicação foi tentada durante o Estado Novo. De acordo com este projecto, a típica pequena propriedade sobrepovoada do norte do país – sobretudo do Minho –, constituía um inultrapassável obstáculo ao desenvolvimento da agricultura portuguesa. Redimensionar estas explorações, agregando-as de forma a constituírem explorações de maior dimensão, seria a única maneira de as transformar em unidades produtivas de utilidade económica […]”. [10] V. as aproximações ao conceito de logradouro indicadas, recorrendo a diversos espécimes jurisprudenciais, por António Menezes Cordeiro, no Tratado de Direito Civil Português, Vol. I, Parte Geral, tomo II, Coimbra, 2000, pp. 124/125 (cfr. Luís Manuel Teles de Menezes Leitão, Direitos Reais, cit., p. 66). [11] Subjaz este mesmo entendimento das coisas ao Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 28/02/2008 (Fonseca Ramos), proferido no processo nº 08A075, disponível na pesquisa por estes campos na base do ITIJ ou, directamente, no seguinte endereço: http://www.dgsi.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/779037159ca9662d802573fd0043d598. Destacamos deste aresto os seguintes trechos do sumário: “[…] III – A lei civil não conhece o conceito de prédio misto. O prédio misto é um tertium genus, já que os prédios, devem sempre que possível ser considerados de harmonia com a sua parte principal e essa, a priori, ou é rústica ou urbana. IV – A distinção assenta, pois, numa avaliação casuística, tendo subjacente um critério de destinação ou afectação económica. V – O núcleo essencial do “prédio misto”, [dos AA.], a sua destinação e afectação, são próprias de um prédio urbano e, assim sendo, o seu logradouro destina-se a proporcionar utilidade a esse prédio com tal natureza, em nada influindo a sua componente rústica, por não se ter provado que gozava de autonomia em relação à casa. VI – Porque os fins para que o legislador consagrou o emparcelamento e o direito de preferência – artigos 1380º, nº1, a) e 1382º do Código Civil – não se alcançam quando o prédio confinante não se destina a cultura agrícola, e não relevando o facto de ter logradouro ou terrenos ainda que possam ser cultivados – dado que não estão afectos à rusticidade do prédio por ele se destinar a habitação – não existe o direito de preferência. […]”. [12] E que já aflorámos na nota 21 supra, e no texto que para ela remete. [13] António Menezes Cordeiro, Tratado de Direito Civil Português, Vol. I, Parte Geral, tomo IV, cit., p. 346 (os sublinhados foram aqui acrescentados). [14] António Menezes Cordeiro, Tratado de Direito Civil Português, Vol. I, Parte Geral, tomo IV, cit., p. 347 (os sublinhados foram aqui acrescentados). |