Centro de Documentação da PJ
Monografia

CD287
SANTOS, Mara Salomé Sousa
Virtópsia e sua aplicabilidade em Portugal [Documento electrónico] / Mara Salomé Sousa Santos.- Porto : [s.n.], 2017.- 1 CD-ROM ; 12 cm
Dissertação de Candidatura ao grau de Mestre em Medicina Legal submetida ao Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto, tendo como orientadores Gilberto Torres Neto, António José Guimarães Paiva Correia. Ficheiro de 12,2 MB em formato PDF (189 p.). Resumo inserto na publicação.


AUTÓPSIA, MEDICINA LEGAL, RADIAÇÃO IONIZANTE, EXAME MÉDICO-LEGAL, TESE, PORTUGAL

A autópsia médico-legal é um exame realizado para investigar mortes inexplicáveis. Os médicos legistas levam anos a desenvolver as suas habilidades para descobrirem Quando, Como, Onde e Porquê a pessoa morreu. Uma equipa da Universidade de Berna e Zurique, na Suíça, desenvolveu a Virtópsia. Trata-se de um exame digital que diminui intervenções no corpo, preservando ao máximo as provas essenciais nas investigações. Desta forma, a investigação médico-legal atual tem cada vez mais ao seu dispor técnicas radiológicas que visam auxiliar o diagnóstico da causa de morte e mecanismos fisiopatológicos determinantes da mesma. Com o exame computadorizado digital é possível registar coisas que não são possíveis de ver bem a olho nu, tal como o ar e o gás, também é possível ver patologias que na autópsia convencional podiam ser danificadas com os instrumentos. O corpo da vítima é a cena do crime e a virtópsia permite viajar por ele com cuidado, preservando evidências. Apesar da sua rápida evolução nos últimos anos constatou-se que a utilização das técnicas virtuais post-mortem parece não reunir consenso entre a comunidade médica, que levanta questões como inviabilidade financeira. O exame conta com uma gama de tecnologias, desta forma, tentou-se enfocar os pontos a favor e contra de algumas dessas técnicas utilizadas, nomeadamente TCPM; AngioTC-PM; RM-PM e fazer uma análise comparativa entre estes métodos, assim como analisar o benefício de alguns grupos religiosos que apresentam objeções à dissecção do corpo humano. Conclui-se que a autópsia convencional ainda não é totalmente substituída pela virtópsia, mas em todos os casos pode e deve ser utilizada como um exame complementar à autópsia convencional e traz sempre muita informação relevante. Esta recente técnica inovadora inaugura uma nova era na investigação criminal e na Medicina Legal, tanto em Portugal, como no resto do mundo.