Centro de Documentação da PJ
Monografia

CD334
LIMA, Lisandra da Silva
Uso de técnicas de patologia forense para detecção de reações vitais na avaliação de fraturas perimortem em ossos secos [Recurso eletrónico] / Lisandra da Silva Lima.- Recife : [s.n.], 2022.- 1 CD-ROM ; 12 cm
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em Biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco, como pré-requisito à obtenção do título de Bacharel em Biomedicina, tendo como orientadoras Renata Cristinny de Farias Campina e Claudia Cazal Lira. Ficheiro de 825 KB (35 p.).


ANTROPOLOGIA FORENSE, IDENTIFICAÇÃO DE CADÁVER, PATOLOGIA FORENSE, TESE

Na antropologia forense o estudo do trauma ósseo recebe bastante destaque já que esses achados estão entre as marcas mais ricas em informação quando se trata de cadáveres esqueletizados e representam um papel importante na identificação do indivíduo. A chamada tripla distinção associa os traumas ou fraturas com sua cronologia, sendo divididos classicamente de três maneiras: ante mortem, perimortem e post mortem. Geralmente essa análise conta apenas com a avaliação macroscópica para estimar em que momento aquele trauma ocorreu, e um fator que torna esse processo desafiador para os profissionais é acerca da perimortalidade, onde os sinais macroscópicos não são suficientes para afirmar com certeza se aquela injúria ocorreu enquanto a vítima ainda estava viva. Então, sabendo-se que há trabalhos que sugerem o uso da histologia em ossos secos para este fim, o objetivo deste trabalho foi verificar na literatura os artigos publicados sobre técnicas de patologia aplicadas ao diagnóstico de lesões perimortem, afim de ver se é possível visualizar os sinais de vitalidade nos ossos de forma satisfatória e se esses dados podem contribuir para a estimativa da cronologia das fraturas na rotina, para dessa forma contribuir com uma futura elaboração de protocolos padronizados de análise qualitativas que possam ser utilizados serviço de Antropologia Forense. O presente trabalho trata-se de uma revisão integrativa que foi realizada por uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados da Scielo, Scopus, PubMED, BVS, Springer, MEDLINE e Science Direct, onde após a filtragem foram selecionados 10 artigos científicos que abordavam a histologia de fraturas e sinais de vitalidade em ossos secos. Embora os estudos avaliados sejam ótimos indicadores de que técnicas de patologia são úteis na investigação antropológica, não existem trabalhos conclusivos. Ainda assim, este trabalho mostra o valor da contribuição da disciplina de histologia para a antropologia forense e a necessidade de prosseguir com as pesquisas post-mortem dessas fraturas ósseas do ponto de vista histopatológico além de destacar a importância da multidisciplinaridade nas ciências forense ao unir a patologia e a antropologia.