Centro de Documentação da PJ
Monografia

CD336
SANTIAGO, Ricardo Marques
Protocolo para identificação de novas substâncias psicoativas (NSP) e quantificação de MDMA em diferentes tipos de amostras não biológicas [Recurso eletrónico] / Ricardo Marques Santiago.- Caparica : [s.n.], 2022.- 1 CD-ROM ; 12 cm
Trabalho submetido ao Instituto Universitário Egas Moniz, para a obtenção do grau de Mestre em Tecnologias Laboratoriais em Ciências Forenses, tendo como orientador Mário João Rodrigues Dias, e coorientadores Carla Filipa Silva Ferreira e Daniel José Monção Martins. Ficheiro de 2,32 MB em formato PDF (84 p.).


SUBSTÂNCIA PSICOTRÓPICA , DROGA SINTÉTICA, CROMATOGRAFIA, ANÁLISE LABORATORIAL, TESE

A nível mundial, milhões de pessoas reportam ter consumido algum tipo de substância de abuso de modo recreativo, levantando questões quanto à segurança e bem-estar da população. Na produção de drogas é comum a adição de substâncias sem que o consumidor tenha conhecimento, uma prática perigosa que pode originar diversos problemas de saúde, ou mesmo a morte. Para além destas, têm aparecido cada vez mais novas substâncias psicoativas, comercializadas erroneamente como uma alternativa legal e segura às drogas clássicas. Neste trabalho, procurou-se estabelecer um protocolo de identificação de Novas Substâncias Psicoativas (NSP) e adulterantes em amostras recolhidas no âmbito do Drug Checking utilizando três técnicas, nomeadamente a Espetroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Cromatografia Gasosa com Detetor de Ionização por Chama (GC-FID) e Cromatografia Gasosa acoplada à Espetrometria de Massa (GC/MS). Foram analisadas 26 amostras por FTIR, GC-FID e GC/MS nas quais se detetaram e identificaram as substâncias com recurso a padrões analíticos e a bibliotecas de espetros disponíveis, tanto de massa, como de FTIR. A técnica de FTIR permitiu a identificação correta de várias substâncias, com correspondências superiores a 90,0% em relação à biblioteca. Através da técnica de GC-FID foi possível separar e detetar várias substâncias das amostras, correspondendo com o GC/MS, que permitiu identificar a maioria das substâncias detetadas, por comparação de tempos de retenção relativos com padrões analíticos e com recurso às bibliotecas de espetros de massa disponíveis, tanto do laboratório, como comerciais. Concluindo, na análise por FTIR, identificações superiores a 80,0% corresponderam à identificação verdadeira do composto, sendo necessário GC/MS para identificar adulterantes e impurezas. Houve uma correspondência total entre substâncias detetadas por GC-FID e as identificadas por GC/MS utilizando a biblioteca de espetros criada no laboratório, que obteve probabilidades de identificação das substâncias superiores às bibliotecas comerciais.