Centro de Documentação da PJ
Monografia
 CD336 |
Utilização de tecnologias móveis e o respetivo potencial operacional [Recurso eletrónico] : perceção dos polícias das esquadras territoriais da Divisão Policial de Cascais do COMETLIS / Mariana Teixeira Azevedo.- Lisboa : [s.n.], 2023.- 1 CD-ROM ; 12 cm
Dissertação apresentada ao Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna com vista à obtenção do grau de Mestre em Ciências Policiais, tendo como orientadores Luís Elias e Pedro Moita. Ficheiro de 3,79 MB em formato PDF (160 p.).
TELEFONE MÓVEL, ESQUADRA DE POLÍCIA, POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA, SISTEMA DE INFORMAÇÃO
A literatura demonstra que a adoção de tecnologias móveis que têm vindo a ser implementadas por algumas organizações policiais, quer em Portugal, quer no estrangeiro, tem incrementado desempenhos operacionais mais eficientes, precisos e inovadores, não obstante as várias limitações em termos técnicos, humanos e organizacionais. Especificamente, determinou-se que a PSP tem acompanhado, ainda que de forma incipiente, a abordagem associada à mobilidade informacional, não só através do desenvolvimento de diversos projetos, como foi o caso do projeto da “Esquadra do Século XXI”, desenvolvido e implementado na esquadra do Estoril da Divisão Policial de Cascais (DPC), mas também através da materialização dessa realidade em alguns sistemas de informação policiais, atualmente em uso na PSP. Sob o escopo de determinar se a implementação de um dispositivo móvel poderia fomentar um melhor desempenho operacional policial em esquadras de competência territorial, foi empregue um método quantitativo, que se traduziu na aplicação de um inquérito por questionário, que possibilitou uma averiguação das perceções dos polícias das esquadras territoriais da DPC do COMETLIS. Como principais resultados, constatou-se que o uso deste tipo de ferramentas tecnológicas poderia incrementar o acesso e partilha de informações, durante o desempenho de funções operacionais policiais, e ser um bom complemento ao rádio policial e que o recurso às mesmas possibilitaria uma gestão e aproveitamento de forma mais eficiente de meios/recursos humanos e materiais existentes na PSP. Complementarmente, inferiu-se, ainda, que, apesar dos polícias inquiridos se terem mostrado recetivos à introdução de novos equipamentos tecnológicos, reconheceram algumas limitações práticas, em especial os problemas de atenção, distração e consciencialização da situação e a falta de formação. No que concerne ao impacto das variáveis sociodemográficas na perceção dos polícias sobre a implementação de tecnologias móveis, verificaram-se diferenças estatísticas significativas relativamente às habilitações literárias e idade, tendo-se inferido que os polícias com habilitações de nível superior e os polícias mais novos expressaram uma concordância significativamente superior aos restantes, em algumas variáveis em estudo.