Centro de Documentação da PJ
Monografia

CD279
MATEUS, Paulo José Vaz Rainha
Incêndios florestais em Portugal [Documento electrónico] : dinâmicas e políticas / Paulo José Vaz Rainha Mateus.- Vila Real : [s.n.], 2015.- 1 CD-ROM ; 12 cm
Dissertação de Mestrado em Engenharia Florestal apresentada à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, tendo como orientador Paulo Alexandre Martins Fernandes. Ficheiro de 1,85 MB em formato PDF (101 p.). Resumo inserto na publicação.


INCÊNDIO, FOGO POSTO, PREVENÇÃO CRIMINAL, TESE, PORTUGAL

Com uma incidência média anual de fogo na ordem dos 3% da sua superfície florestal, Portugal é o país europeu mais afetado por incêndios florestais. É apresentada a dinâmica dos incêndios florestais em Portugal nas últimas quatro décadas (o regime de fogo e as perdas correspondentes), assim como as variáveis socioeconómicas, ambientais e políticas correspondentes. São descritas as mudanças ocorridas no decurso do século XX, ao nível do uso da terra (florestação e abandono rural) e do clima. As opções políticas, estratégias e planos elaborados e executados após os anos extremos de fogos florestais de 2003-2005 são discutidos. Diferentes modalidades de gestão de combustíveis são equacionadas. Atualmente a componente da supressão dos incêndios está priorizada relativamente à prevenção de incêndios. No entanto, o problema do fogo está enraizado em fenómenos socioeconômicos que são a causa da ocorrência de incêndios (i.e., os conflitos de uso da terra) e na prevalência de tipos de vegetação não gerida e altamente inflamável. A floresta e a gestão do território e proteção civil têm objetivos diferentes, mas ambas as perspetivas têm de ser tidas em conta na mitigação dos impactos dos incêndios. Gerir a vegetação para induzir maior resiliência ao fogo e mudar o comportamento humano são necessários e devem ser plenamente incentivados e apoiados. Daqui resulta que a atual alocação de recursos deve mudar da supressão de fogo para a prevenção de incêndios, sob uma filosofia de gestão integrada de fogo. O atenuar do problema dos incêndios depende da estabilidade institucional e persistência em seguir uma política de gestão do fogo coerente.