Centro de Documentação da PJ
Analítico de Periódico

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GERALDES, Sofia Martins
A estratégia de cibersegurança da União Europeia : catastrofista, realista e/ou otimista? / Sofia Martins Geraldes
Nação e Defesa, Lisboa, Nº 154 (2019), p. 91-108
(*) CD 300. Resumo inserto na publicação.


SEGURANÇA INFORMÁTICA, CRIME INFORMÁTICO, POLÍTICA CRIMINAL, UNIÃO EUROPEIA

O ciberespaço tem sido considerado uma matéria de segurança central, apesar do seu estatuto inicial de simples problema técnico. Na era da conectividade digital, a existência de redes significa que qualquer dispositivo está susceptível à intrusão externa não autorizada e a dependência tecnológica dos Estados e das sociedades cria uma percepção de vulnerabilidade. Este contexto tem justificado a securitização do ciberespaço, com implicações legais, éticas e políticas. Neste cenário, assiste-se à introdução da cibersegurança no topo das agendas políticas dos Estados e das organizações internacionais, como a União Europeia, mas também a uma crescente preocupação com a excessiva regulamentação deste domínio. Deste modo, este artigo, mediante análise de discurso e segundo o modelo proposto por Mark Lacy e Daniel Prince (2018), analisa a evolução da posição discursiva da UE em relação ao ciberespaço enquanto matéria de segurança, para compreender se a estratégia de cibersegurança europeia é catastrofista, realista e/ou otimista.