Centro de Documentação da PJ
Monografia

CD241
SILVA, Patrícia Marlene Costa
Percepções da população portuguesa acerca do comportamento predatório dos agressores sexuais [Documento electrónico] / Patrícia Marlene Costa Silva.- Porto : [s.n.], 2012.- 1 CD-ROM ; 12 cm
Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Mestre em Psicologia Jurídica, tendo como orientadora Maria Francisca Rebocho. Resumo inserto na publicação. Ficheiro de 665 KB em formato PDF (166 p.).


CRIME SEXUAL, PERFIL PSICOLÓGICO, GEOGRAFIA CRIMINAL, MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO, TESE, PORTUGAL

Não obstante o aumento do volume de investigação acerca do comportamento predatório dos agressores sexuais, a maior parte destes estudos tende a negligenciar a componente geográfica deste processo. Além disso, o papel dos factores situacionais e ambientais é constantemente ignorado, comprometendo o entendimento do evento criminal como um todo. Consequentemente, torna-se imperativo para os investigadores focarem-se cada vez mais na análise do comportamento criminal, especificamente no que diz respeito à dimensão geográfica do crime. Por outro lado, a maioria dos estudos da área do profiling geográfico e do processo de tomada de decisão geográfica focam-se no ponto de vista do ofensor, analisando o processo ofensivo com base nos seus relatos. Este estudo pretende avaliar as percepções da população portuguesa relativamente ao comportamento predatório dos agressores sexuais, através de uma amostra de 300 indivíduos: estudantes do ensino secundário e do ensino superior, adultos com menos de 65 anos e acima dessa idade, psicólogos e agentes da PSP. Os resultados demonstram que a maior parte dos participantes possuiu uma visão enviesada do comportamento predatório destes ofensores, sendo que apenas o grupo dos agentes da PSP apresenta resultados mais concordantes com a realidade portuguesa. Os resultados deste estudo podem ser relevantes para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção mais activas e ajustadas às especificidades dos diferentes grupos que compõem esta população.