Centro de Documentação da PJ
Monografia

CD318
CRUZ, Cristiana Ferreira
A comunidade de intelligence contraterrorista da União Europeia [Documento electrónico] : evolução e desafios face à perspetiva do Brexit / Cristiana Ferreira Cruz.- Braga : [s.n.], 2018.- 1 CD-ROM ; 12 cm
Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, tendo como orientadora Laura Cristina Ferreira-Pereira e coorientadora Alena Vysotkaya Guedes Vieira. Resumo inserto na publicação. Ficheiro de 3,22 MB em formato PDF (209 p.).


TERRORISMO, COOPERAÇÃO POLICIAL UE, INFORMAÇÃO CRIMINAL, POLÍTICA DE COOPERAÇÃO, TESE, UNIÃO EUROPEIA, REINO UNIDO

Nos últimos anos, os países da União Europeia têm sido alvo de uma onda de ataques terroristas levados a cabo por afiliados ao Daesh. Não raras vezes, após a ocorrência destes atentados, são evidenciadas falhas na partilha de informações cruciais que possivelmente contribuiriam para a prevenção destes. A União Europeia, reconhecendo a importância da partilha de informações, tem vindo a construir ao longo do tempo uma comunidade de intelligence contraterrorista. Com a futura saída de um dos principais atores da comunidade de intelligence da UE, o Reino Unido, são vários os desafios colocados à resiliência desta comunidade. Como tal, o principal objetivo desta investigação é perceber a evolução da comunidade de intelligence contraterrorista da União Europeia e os desafios que esta enfrenta face à perspetiva do Brexit. Tendo como base o método de process-tracing, arguimos que a comunidade de intelligence contraterrorista da União Europeia foi construindo ao longo dos anos, e particularmente a partir do 11 de setembro de 2001, condições que permitem torná-la mais resiliente a ameaças de segurança, sendo este um processo em constante evolução. Contudo, os desafios apresentados pelo Brexit colocam a UE numa posição vulnerável. Uma vez que as negociações ainda se encontram a decorrer e com o recurso à metodologia de construção de cenários, identificamos dois cenários para a evolução da comunidade de intelligence contraterrorista da UE: a continuidade em termos de resiliência e a oportunidade para uma maior integração nas temáticas de partilha de informações. Não descartando um possível worst case scenario, cuja ocorrência nos afigura de reduzida probabilidade, consideramos que o cenário de continuidade terá maior probabilidade de se verificar, dada a urgente necessidade de colaboração nas matérias de terrorismo e intelligence e a controvérsia que o cenário de oportunidade implica.