Biblioteca ISCPSI


Analítico de Periódico


MEUWLY, Didier
Le mythe de "l'empreinte vocale"(I) / Didier Meuwly
Revue Internationale de Criminologie et de Police Technique et Scientifique, Géneve, V.56,n.2 (Avril-Juin 2003), p.219-236


CIÊNCIA FORENSE, IDENTIFICAÇÃO DA VOZ, FONOGRAMA

Em 1962, o foneticista Kersta propôs um método de reconhecimento de voz baseado na comparação visual de espectrogramas da voz, a que deu o nome de "identificação de impressões vocais" (por analogia à designação "impressões digitais"). Segundo ele, os espectrogramas da voz são tão permanentes e únicos como as impressões digitais e permitem atingir o mesmo nível de certeza para identificação forense. Em 1970, Bolt et al., refutaram estas afirmações, observando que, contrariamente às impressões digitais, as semelhanças de forma das impressões da voz dependiam apenas parcial e indirectamente da estrutura anatómica do aparelho vocal. Concluiram que o termo "impressão vocal" ("voiceprint" ou "empreinte vocale", respectivamente nas línguas inglesa e francesa), constituia uma analogia falaciosa à expressão "impressão digital". Em 1972, Tosi et al., publicaram um estudo, focando a capacidade das pessoas em reconhecerem a voz por comparação visual de espectrogramas. Desenvolve-se este tema controverso e apresentam-se as conclusões do estudo efectuado por Tosi, com vista a testar o método de Kersta.