Biblioteca DGRSP


EST1028
Monografia
8274


Ermida, Rosa Marlene Cabral
Percurso dos reclusos em contexto prisional : processos identitários e reinserção social : um estudo de caso / Rosa Marlene Cabral Ermida ; ori. tese Nuno Caetano Lopes de Barros Poiares.- Lisboa : [s.n.], 2018.- 206 f. ; 30 cm em PDF. - (Estudos)
Dissertação para obtenção de grau de Mestre em Ciências Policiais Especialização em Criminologia e Investigação Criminal
(Polic.) : oferta


DIREITO PENITENCIÁRIO, EXECUÇÃO DA PENA, ESTABELECIMENTO PRISIONAL, REINSERÇÃO SOCIAL, RECLUSO, CRIME, RESSOCIALIZAÇÃO, TRABALHO PRISIONAL, FORMAÇÃO PROFISSIONAL, TESE DE MESTRADO, PORTUGAL

A presente investigação pretende compreender o percurso dos reclusos dentro do estabelecimento prisional, tendo em conta os meios disponíveis, como as actividades ligadas à formação escolar, trabalho e vertente cultural. Com a evolução na história dos estabelecimentos prisionais, reconheceu-se os Direitos Humanos dos reclusos e, desta forma, verifica-se um impulso no processo de reinserção social dos mesmos. Como será retratado mais adiante, um dos direitos concedidos aos reclusos está ligado às ações estruturadas dentro da própria instituição prisional como a educação, a formação profissional e outras actividades desportivas e culturais. Estes instrumentos são concedidos pela Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e portanto, fazem parte de um plano dedicado à reinserção do recluso após o cumprimento da pena de prisão. A finalidade deste plano consiste no acompanhamento e preparação do preso, não só dentro da prisão como também na fase posterior à sua libertação. Para o ano de 2017, segundo o Relatório sobre o Sistema Prisional e Tutelar, o Governo decretou uma “Estratégia plurianual de requalificação e modernização do sistema prisional” -artigo 189.º do OE, passando pelo encerramento de alguns EP’s e a reclassificação de outros, esta última nomeadamente aos Centro Educativos. Contudo e, construído pelo senso comum dos cidadãos, a sociedade espera segurança por parte das prisões, pois albergam os designados criminosos num espaço confinado e distanciado do resto da sociedade. Este aspeto confere sem dúvida um sentimento de ordem pública tão esperado pelos cidadãos. Devido a este distanciamento que existe entre a prisão e a sociedade, o processo de (re) construção o eu do próprio preso torna-se difícil, uma vez que implica a transformação da sua identidade e imagem, colocando de parte o papel por ele exercido anteriormente, assumindo o papel de preso.