Biblioteca DGRSP


EST877
Monografia
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GERARDO, Helena Eduarda Mendes
Viver na prisão : opiniões, vivências e perspetivas de futuro / Helena Eduarda Mendes Gerardo ; orient. Olga Cunha.- Porto : [s.n.], 2017.- VII, 145, [14] p. ; 30 cm PDF
Dissertação de Mestrado em Criminologia, pela Universidade Lusíada do Porto
(Polic.) : oferta


DIREITO PENITENCIÁRIO, EXECUÇÂO DE PENA, RECLUSO, RECLUSÃO, REINSERÇÃO SOCIAL, PENA DE PRISÃO, SISTEMA PRISIONAL, TESE DE MESTRADO, PORTUGAL

Apesar da temática relativa à reinserção social ter vindo a ser integrada com regularidade nos planos políticos dos governos europeus, no qual se inclui Portugal, esta não parece ter passado do plano teórico, uma vez que continuam a ser escassos os estudos qualitativos desenvolvidos ao nível da Criminologia, especialmente tendo como principal fonte de informação a opinião do recluso, que é afinal o principal visado nesta problemática. O presente trabalho incide nas opiniões, vivências e perspetivas de futuro de reclusos, com a finalidade última de perceber quais as perspetivas daqueles acerca da eficácia da reinserção social a que a Direção Geral de Reinserção e Sistemas Prisionais se propõe, bem como se o Estabelecimento em que se encontram cumpre as suas expetativas, fornecendo-lhes ao longo da detenção os meios necessários para a sua mudança futura e reinserção social. Para tal foram realizadas entrevistas a 24 reclusos do sexo masculino e 12 reclusas do sexo feminino de 5 Estabelecimentos Prisionais situados no Distrito Judicial do Porto. Os resultados apontaram no sentido de que toda a dinâmica prisional do recluso poderá de alguma forma influenciar a sua futura reinserção social. A ideia de ineficácia do sistema prisional para os reclusos parece clara, na medida em que aqueles não se sentem devidamente acompanhados e auxiliados tanto durante a reclusão, onde consideram que por mais que os Estabelecimentos Prisionais procurem cumprir esta finalidade acabam por não ter à sua disposição os mecanismos necessários, quanto após a sua saída onde o acompanhamento é na sua ótica praticamente inexistente, o que leva a que a sua reinserção social dependa unicamente deles próprios e do suporte do seu círculo mais próximo