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PP001
Julgar
Analítico de Periódico



DIAS, João Paulo, e outro
Efectividade da independência e/ou autonomia do poder judicial em Portugal : reflexões sobre as condições externas e internas / João Paulo Dias, Jorge Almeida
Julgar, Lisboa, n.10(Jan.-Abr.2010), p.77-101


ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA / Portugal, PODER JUDICIAL / Portugal, SEPARAÇÃO DE PODERES / Portugal, INDEPENDÊNCIA DA MAGISTRATURA / Portugal, JUIZ / Portugal, MAGISTRADO JUDICIAL / Portugal, MAGISTRATURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO / Portugal

Sempre que falamos de separação dos poderes no Estado devemos ter em consideração a natureza e o tipo de organização a partir da qual se estabelece essa relação. Significa que, como é comummente aceite, a independência de cada um dos poderes estatais depende das condições em que esta se desempenha. Consequentemente, sempre que pretendemos analisar a independência do poder judicial, há que ter em ponderar sobre as condições organizacionais, internas e externas, que a balizam. Por internas referimo-nos à organização do poder judicial, que permite um desempenho, mais ou menos, independente de juízes e magistrados do Ministério Público. Por externas consideramos a capacidade/disponibilidade dos poderes executivo e legislativo para garantir uma arquitectura judicial e os meios necessários de modo a que, cada actor judicial, possa efectuar o seu desempenho livre de constrangimentos e limitações. Esta reflexão será ilustrada a partir do caso português.